quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Toda a malandrice tem sempre uma moeda de troca


Um novo aeroporto não é uma obra qualquer. É um pouco mais complicado do que construir uma rotunda ou um chafariz na praça central de uma terreola.
Por isso quando se diz que o aeroporto vai para ali e depois vai para além, é preciso dar uma moedinha em troca aos de ali que pensavam vir a ter o aeroporto à porta de casa, o mesmo é dizer ao dobrar da rua.
Por isso a direcção da Escola de Malandragem saúda e aplaude o esforço muito significativo do Governo na pessoa do Senhor Ministro Mário Lino, que esteve reunido hoje com os autarcas do Oeste no sentido de lhes dar um chupa-chups pelo facto de já não poderem ir às compras ao free-shop (versão moderna do passeios dos tristes ao centro comerciais nos domingos à tarde) ou puderem simplesmente ir em bando ver os aviões a aterrar.
Quem vai pagar o chupa-chups são todos os portugueses, como não podia deixar de ser. O que me leva a pensar que Mondim de Basto, Mirandela, Almeida, Sertã, Manteigas, Nisa, Moura, Reguengos de Monsaraz, Almodôvar ou Alcoutim, tiveram azar de não ter disputado com a Ota e Alcochete a localização do novo aeroporto. Paciência, não é possível para este ou outro Governo defender com unhas e dentes, até ficarem provadas as evidências, a localização de vários aeroportos nos locais mais disparatados. Foi a Ota como podia ter sido Monforte.
Estão de parabéns as populações e os autarcas do chamado Oeste por duas razões:
A primeira por terem tido a delicadeza de não correr aos tiros o Senhor Ministro Mário Lino na reunião tida esta tarde.
A segunda por terem conseguido manter a ideia, até ser por demais óbvia a melhor solução, que a Ota podia um dia ter um aeroporto do nível dos melhores que há no mundo e não um de características africanas ou latino-americano.

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